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Assembleia debate lixo nuclear no sul de Minas

Empresa mantém funcionários no local para monitorar radioatividade


O debate sobre o destino do lixo nuclear armazenado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), no município de Caldas, no Sul de Minas, chegou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Motivado pela reportagem do Estado de Minas da edição de domingo, que relatou a situação dos rejeitos radioativos na cidade, o deputado Dalmo Ribeiro (PSDB) protocolou ontem requerimento pedindo uma audiência pública conjunta da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Renováveis e da Comissão de Minas e Energia para discutir o assunto. O Ministério Público Estadual também deverá ser acionado.

O deputado afirmou que se surpreendeu ao ler a notícia do jornal informando que a situação do lixo nuclear da cidade continua a mesma de anos atrás. “Há 11 anos fizemos uma audiência pública para tentar encontrar uma solução para o problema, já que os riscos desses restos químicos guardados em Caldas atingem não somente a cidade, mas vários municípios da região. Me preocupou muito saber que pouca coisa foi feita desde então. Por isso, resolvi convocar as comissões para reacender o assunto e tentar finalmente achar uma saída ”, afirmou Dalmo Ribeiro.

O alvo da polêmica é o parque industrial da INB, instalado em Caldas no fim da década de 1970 para a extração e concentração do urânio. Conforme revelou a reportagem, apesar de desativado desde 1995, o complexo ainda abriga cerca de 40 mil bombonas contendo rejeitos radioativos resultantes da exploração do material. A população da cidade teme as consequências que os rejeitos do produto possam causar à saúde dos moradores. Em recente decisão da Justiça, em ação do promotor da comarca local, José Eduardo de Souza Lima, a INB foi obrigada a fazer, com um atraso de 15 anos, o tratamento de todo o passivo ambiental em 1,4 mil hectares de seus limites. A empresa não contestou a decisão, mas pediu a prorrogação do prazo determinado pela Justiça, que seria de 90 dias.

Ainda não há data marcada para a reunião, mas o deputado informou que pretende agendar uma visita dos membros das comissões ao município, acompanhados por especialistas ambientais, para avaliar quais os impactos de não fechamento da mina para a comunidade o que pode ser feito para minimizá-los. Para a nova audiência da ALMG serão convidados o diretor de Recursos Minerais da INB, Otto Bittencourt, o promotor do Ministério Público Estadual, José Eduardo de Souza Lima, o secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães Chaves, além de representantes do poder público municipal de Caldas e de outros municípios do Sul de Minas e associações locais.











Fonte:em.com.br

Minas Gerais pode ter uma das quatro usinas nucleares

Bacias do Rio Grande e de São Francisco são as indicadas em MG

O projeto do governo federal para a construção de quatro usinas nucleares no Brasil vai avançar neste ano e Minas Gerais pode abrigar uma delas. Outras duas devem ir para a região do Nordeste. A Eletronuclear (subsidiária da Eletrobras) pretende apresentar, até o meio do ano, ao Ministério de Minas e Energia, a lista de 40 localidades candidatas à instalação conforme admitiu ontem, no Rio de Janeiro, o presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro.

O Brasil já possui duas usinas, ambas em Angra dos Reis (RJ), e uma terceira será construída no mesmo local. Para o novo projeto, a Eletronuclear analisa cerca de 2.000 itens para selecionar as 40 candidatas e, dentre as exigências estão: a existência de fontes de água próximas à usina, a não ocorrência de falhas geológicas e a proibição da proximidade a grandes centros urbanos.

Apesar da Eletronuclear preferir falar apenas que os estudos mais aprofundados foram feitos em Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou no início do mês que as outras duas usinas nucleares vão para o Sudeste. "Em São Paulo, Minas Gerais ou Rio de Janeiro", garantiu.

A Eletronuclear informou que os estudos sobre os Estados nordestinos estão prontos para serem encaminhados à presidente Dilma Rousseff. As análises incluíram imagens de satélite, e visita pessoal.

Mesmo sem ter sido procurado pela Eletronuclear, o subsecretário estadual de Política Mineral e Energética, Paulo Sérgio Machado Ribeiro, afirmou que as áreas mais propícias no Estado para a instalação de uma usina nuclear são as bacias do Rio Grande, na divisa de Minas Gerais com São Paulo, e do Rio São Francisco. "Se formos procurados, a gente gostaria de ver o estudo", afirmou. Paulo Sérgio disse que nem todos os Estados têm disponibilidade hídrica suficiente para resfriar os reatores, o que Minas Gerais tem de sobra.








Fonte:otempo.com.br